O presidente da câmara de Roma, Gianni Alemanno, quer proibir a circulação no centro da cidade das tradicionais charretes e substituí-las por carros eléctricos, para evitar o sofrimento dos cavalos, obrigados a trotar sobre o asfalto, no meio de um trânsito caótico, das ruas da capital italiana.
Os meios de comunicação italianos divulgaram na passada quarta-feira, a decisão de Alemanno, de eliminar das ruas do centro, as históricas 'Botticelle', como são chamadas em Roma, as charretes que há anos passeiam com turistas pela cidade, para permiti-las somente nos parques. Esta decisão é o ponto principal de uma norma municipal para regular a actividade das cerca de 44 charretes que existem em Roma.
As medidas foram anunciadas algumas semanas depois, que um dos cavalos que puxava uma charrete, morreu em consequência de ferimentos num acidente na movimentada Avenida dos Foruns Imperiais.
A intenção das autoridades municipais é dar uma licença dupla aos condutores de charretes, que os permita transitar com suas charretes nos parques da capital, e como alternativa, no centro, só poderão conduzir carros eléctricos para os passeios dos turistas.
A subsecretária de turismo italiano, Michela Brambilla, defende a proibição:
– Chegou o momento de abolir situações anacrónicas como circular pela cidade com cavalos que são obrigados a caminhar sobre o asfalto.
Os nostálgicos e os mais românticos não se conformam com a ideia de deixar de ver as charretes pelas vielas e praças monumentais da cidade, já que elas são parte da mais antiga tradição romana. Mas a iniciativa tem o apoio das associações de protecção aos animais que, há anos, denunciam as condições às quais os cavalos são submetidos, pernoitando em estábulos húmidos e sem o mínimo de condições.