Prova piloto de Alter foi um sucesso

A prova piloto de turismo equestre, realizada em Alter do Chão nos dias 18 e 19 de Setembro, no âmbito do Projecto Equustur, “superou todas as expectativas pelo sucesso que alcançou junto dos participantes e entidades organizadoras, Câmara Municipal, Clube Equestre e a empresa espanhola Equibéria”.

Este primeiro percurso, desenhado pelo Tenente Manuel Henriques, do Clube Equestre, em colaboração com a Equibéria, foi a “prova de fogo” para integrar Alter na rede internacional de passeios equestres da Equustur.
O projecto visa dinamizar economicamente regiões deprimidas em Espanha, França e Portugal, fomentando através destes passeios a vinda e permanência de turistas.

O Castelo foi o local escolhido para a apresentação da prova e recepção dos participantes, no dia 17 de Setembro, seguindo-se uma visita à Coudelaria para assistir à saída da eguada para o pasto, à demonstração de falcoaria, e a visita ao Museu e às Cavalariças dos Garanhões.

O percurso iniciou-se no sábado, pelas 8h30. Os 11 cavaleiros saíram da Coudelaria em direcção a Alter Pedroso pela antiga via romana, com uma pequena paragem no Castelo de Alter, onde entraram com os cavalos.
No talefe, em Alter Pedroso, foi tempo de descansar e contemplar a maravilhosa paisagem que este espaço oferece. O passeio prosseguiu pela estrada do Campo de Tiro da Murtosa até à estrada de Cabeço de Vide, atravessando também a estrada de Fronteira em direcção à Barragem de Alter. Foi servido um almoço campestre junto à Fonte do Zambujo, local que marcou este passeio, com o baptismo dos participantes nesta mesma Fontes.
O destino que se seguiu, e para terminar este dia, foi a Herdade do Monte Redondo, onde a equipa fez a sua primeira avaliação técnica, seguida de um jantar convívio.
Segundo o Tenente Manuel Henriques, “a Herdade do Monte Redondo reúne todas as condições para prestar apoio a este tipo de actividades, tem circuitos muitos interessantes, tem boxes para os cavalos pernoitarem e tem uma paisagem fabulosa e inspiradora para estes cavaleiros”.

No domingo de manhã a partida foi em direcção à Ribeira de Seda, com passagem pela ponte romana de Vila Formosa, agora já liberta de tráfego automóvel e em processo de restauro. O almoço foi na Herdade do Monte Redondo, onde os participantes aproveitaram para descansar um pouco. A prova estava a poucas hora do final e dali partiram em direcção à Coudelaria, passando pela beira da Ribeira de Seda.
Chegados à Coudelaria, “os cavaleiros sentiram-se muito realizados, superaram as suas próprias expectativas e as suas limitações”, conta Manuel Henriques.

Entidades promotoras fazem balanço positivo

O presidente da Câmara de Alter, Joviano Vitorino, mostra-se entusiasmado com este projecto em que se envolveu desde a primeira hora.
“A Câmara avançou para o Equustur há cerca de dois anos no âmbito do Interreg III – Sudoe, porque foi sentida a necessidade de “dar um empurrão” à Coudelaria para a dinamização da actividade equestre no concelho, sendo que esta área é fundamental para Alter e para o Alto Alentejo.
O Autarca refere que se trata de “um pequeno projecto, com 100 mil euros de investimento, mas organizámo-lo em termos de noção de serviço para incrementar ao máximo o elo de ligação desta região à actividade equestre, e a divulgação que esta região e este projecto podem alcançar, pois Alter é o único parceiro português neste programa de âmbito internacional, ficando assim o concelho apetrechado com vários percursos equestres que beneficiam da sua divulgação através dos restantes parceiros e junto dos potenciais clientes.

Para Maria Helena Dendaluce, da empresa espanhola Equibéria, “Alter é um dos territórios com maiores potencialidades para desenvolver este produto turístico que até já tem uma marca. Alter alia uma tradição equestre e detém todos os elementos necessários para o desenvolvimento do produto”.
“É preciso que as pessoas tenham a convicção que é possível, porque esta é uma iniciativa rentável, que cria emprego e desenvolvimento económico, e que para tal se justifica investir tempo, dinheiro e trabalho, uma vez que Alter pode ser um destino equestre de primeira linha internacional”.
“Alter tem todos os elementos, só há que criar as sinergias”, garante Helena Dendaluce.

Manuel Henriques disse que “este foi um exame à nossa capacidade organizativa e foi, sem dúvida, um sucesso”, o que começa até em actos muito simples como “o percurso estar assinalado com placas indicativas” e nesses locais as estradas terem recebido a sinalização de “passagem de cavalos”.

A equipa promotora fez um balanço muito positivo desta prova e garante que esta foi a primeira de muitas rotas que serão traçadas no âmbito do Projecto Equustur.