Francesca Martini, ministra do ministério italiano de saúde e membro da coligação da direita, propôs uma lei, argumentando que “deverá ser respeitada a dignidade dos cavalos”.
A moção já se encontra em cima da mesa da comissão de cultura do parlamento italiano e já ganhou um apoio considerável de outros partidos do centro-esquerda.
Entre aqueles que pedem a proibição encontra-se o ministro da agricultura, Luca Zaia, que diz que os cavalos não deveriam ser consumidos e que “deveriam ser considerados como os cães e gatos.”
Zaia disse: “Sempre fui contra o abate e o consume de carne de cavalo. Os cavalos são bons animais que deveriam ser tratados como tais, e que não deveriam ser consumidos.”
O seu apoio incomodou muita gente que vive na sua terra-natal de Veneto, o qual engloba Veneza e Verona, onde a carne de cavalo é uma delícia culinária e usada em vários pratos.
A carne de cavalo tem sido uma delícia culinária desde o tempo dos romanos, apesar de na Idade Média, o Papa Gregório III ter descrito o seu consumo como “abominável”, tendo os seus pedidos sido ignorados pelos camponeses esfomeados.
Em 1928, foi introduzida uma lei pelo governo fascista de Benito Mussolini, que só matadouros especializados em cavalo poderiam vender carne de cavalo e não deveriam ter carnes de outros cortes.
De maneira a poder satisfazer toda a grande demanda de carne de cavalo em Itália, são importados todos os anos mais de 200,000 cavalos da Polónia, Brasil, França e Europa de Leste.
De acordo com a Organização de Comida e Agricultura, são abatidos 213,000 cavalos em Itália todos os anos, mas agora políticos de todos os partidos estão a considerar banir o seu abate e venda consequente.