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Identificada uma família de cavalos hermafroditas

A égua “Koko”, parecia ser uma égua típica, mas quando começou a ter um comportamento muito agressivo e a tentar cobrir as suas companheiras, a sua dona Sam Campbell, começou a desconfiar.

Os cientistas da Universidade de Huelph descobriram que a égua de raça Paint de seis anos de idade, é um exemplar raro hemafrodita. Exteriormente, “Koko” tem todas as características de uma égua, mas nasceu com testículos internos, que estavam a sobrecarregar o seu sistema com testosterona, fazendo com que agisse como um garanhão.

Depois de ter sido feita uma bateria de testes na Universidade Veterinaria de Guelph em Ontário, os investigadores descobriram que “Koko” é na realidade um macho que parece uma égua.

Os cientistas que testaram os parentes de “Koko”, descobriram que a sua irmã “Sequoia” e a sua prima “Pandora” também eram hemofraditas.

Os investigadores Allan King, BSc, PhD, Tacey Chenier, DVM, DVSc, e Daiel Villagomez, são os primeiros a investigarem uma família de cavalos com uma disfunção genética chamado hermafroditismo, o que causa que cavalos genéticamente machos pareçam fêmeas exteriormente.

Inicialmente pensaram que “Koko” poderia ter um tumor nos ovários, o que pode causer que as éguas comecem a exibir um comportamento de garanhão, devido aos altos níveis de testosterona. Mas quando examinaram o sistema reprodutivo do animal, os investigadores descobriram que “Koko” tinha testículos internos.

“Foi uma descoberta bastante sensacional”, disse Chenier. “Estar à espera de um tumor e descobrir um sistema interno completamente diferente do previsto, levantou muitas questões.”

Depois de se ter percebido que “Koko” tinha testículos internos, os investigadores fizeram uma cirurgia para os removerem, esperando assim que a égua se tornasse menos agressiva.

“Antes da cirurgia, ela era tão agressiva,que se tornava muito perigoso montá-la”, disse a dona Sam Campbell. “Está completamente diferente agora. É uma égua muito querida.”

Desde então, tanto “Sequoia” como “Pandora”, foram submetidas à mesma cirurgia na Universidade Veterinária de Ontário.

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