Como é o relacionamento do ser humano com os cavalos?
Esta é uma pergunta que para muitos pode ser simples de responder, se nos inclinarmos para o lado prático e técnico e não o conceitual. Estamos a falar do relacionamento e das atitudes do ser humano para com os cavalos. O tema parece profundo e filosófico…
Muito na moda o “Encantador de Cavalos”, devemo-nos lembrar que estas pessoas não são mágicas nem têm poderes superiores. Usam o termo ´encantar´ para cativar as pessoas que têm poucos conhecimentos sobre cavalos, e muitas vezes dizem que o trabalho está concluído, quando na verdade nem um terço do mesmo foi feito! Encantar não é fazer o cavalo andar atrás ou ensiná-lo a ficar parado ao lado do “encantador”. Não existem encantadores. Os resultados de um “encanto” são nada mais do que o fruto de um trabalho baseado na experiência das pessoas com os cavalos. Portanto, um primeiro passo é acabarmos com os «encantamentos e seus encantadores», e sim valorizarmos a experiência das pessoas.
Como diz Eduardo Borba, “experiência no trabalho pode ser traduzida na honestidade que deve existir entre cavalo e cavaleiro”. Somente assim, diz Borba, poderemos construir alguma confiança. Na verdade, quando falamos de confiança, falamos em acções isentas de medo e intimidação.
“Se o programa de ensino é baseado no medo, na intimidação e/ou na dor, concerteza que não vai existir nem confiança nem aliança. A coisa mais fácil que existe em equitação, é destruir essa confiança e aliança, esse vinculo que construímos com o cavalo”. Borba ainda pondera dizendo que «os cavalos são criaturas que vão protestar sempre que não suportarem qualquer coisa, mas também vão tolerar tudo aquilo que não conseguirem evitar».
Pense nisto, e procure ver os cavalos de outra forma. Veja quantas pessoas se dizem “Encantadores de Cavalos” quando na verdade nunca se preocuparam em entender e construir algo sólido com os seus cavalos.
Pense e estude mais sobre os cavalos!