• O cavalo ensinou-me a ter medo e a vencer o medo;
• O cavalo ensinou-me e descontrair perante o meu nervosismo;
• O cavalo desenvolveu, em mim, a noção de prudência e de medida, obrigando-me a tentar acertar a sua passada antes de corrermos o risco do obstáculo;
• O cavalo ensinou-me a cair e, com ele aprendi, sobretudo, a levantar-me firme na determinação de continuar o percurso, fosse qual fosse a dor e o esforço que ele custasse;
• No exercício da equitação aprendi quanto é necessária a firmeza no mando e como esta requer o ser discreto na intervenção e suave no comando;
Por tudo isto, a equitação não é apenas um exercício físico pois que tanto contribui para formar em nós o hábito do auto-domínio, a noção da modéstia das nossas forças e dos nossos conhecimentos, a paixão de corrermos o risco, sempre que possível calculado.
Como dizemos na cavalaria, o cavalo ensina-nos a ter coração.
(Palavras de Sua Exª o Ministro da Economia, Dr José Gonçalo Sottomayor Correia d’Olideira, durante o discurso feito na feira da Golegã em 11 de Novembro de 1967).