A expedição do alpinista português de 41 anos João Garcia ao Manaslu, que avança pelos vales do Himalaia foi obrigado a recorrer a cavalos para fazer o transporte da sua carga.
“Andámos durante dois dias e meio junto a um rio. Ora estávamos de um lado, ora do outro, e tínhamos de passar por pontes suspensas, com uma inclinação de 30 ou 40 graus. Não deixou de fazer impressão, o atravessamento, por causa dos cavalos.”
A beleza natural do percurso compensa, segundo João Garcia, as dificuldades do “trekking: “O vale é muito antigo, as casas são de pedra e madeira, parece que estamos na época medieval. A única modernice que há por aqui é as mangueiras de borracha para transporte de água. O sítio é genuíno.” Concluiu o alpinista.
Sob o lema “superar-se a si próprio, ir cada vez mais além”, João Garcia acompanhado do alpinista belga Jean Luc Fohal, do alpinista e operador de câmara francês Johan Perrier, assim como com o apoio no acampamento base de Vítor Baia, encarregue das comunicações e da meteorologia, João Garcia vai tentar chegar ao cume do monte Manaslu.
Esta é a oitava montanha mais alta do mundo, com 8.163 metros de altitude, e tem sido pouco escalada até aos dias de hoje, por pouco mais de 259 alpinistas, pelo que se avizinha uma subida difícil.
Das catorze montanhas com mais de 8 mil metros de altitude existentes, João Garcia já chegou ao cimo de onze, mas a que mais reputação lhe deu foi o monte Evereste. O alpinista foi o primeiro português a alcançar este cume sem recurso a oxigénio e sem carregadores de oxigénio, a 18 de Maio de 1999.