A Federação Equestre Internacional solicitou ao Tribunal da FEI para rejeitar o protesto apresentado pela República Dominicana sobre a representação individual olímpica da América do Sul.
O protesto deve-se ao facto de um conjunto brasileiro ter conseguido o primeiro lugar do ranking Sul-americano como resultado das várias qualificativas que foram julgadas por um júri maioritariamente de nacionalidade brasileira.
Yvonne Losos de Muniz da República Dominicana e Liebling II terminaram em segundo lugar no ranking individual, atrás da brasileira Luiza Tavares de Almeida com Samba.
O protesto da Republica Dominicana justifica-se pelo facto de, três juízes brasileiros terem integrado o grupo de cinco, em todas as qualificativas para os J.O. de Londres, disputadas no Brasil.
O Tribunal da FEI para tentar solucionar este diferendo, organizou uma vídeo-conferência com representantes da Republica Dominicana, Brasil e da FEI na passada quarta-feira.
A Federação Equestre Internacional argumenta que as Federações da América Central sabiam desta prática no Brasil e não apresentaram nenhum protesto na altura.
Consequentemente a FEI é da opinião que o protesto deve ser rejeitado porque devia de ter sido primeiro avaliado pelo júri de campo. A Republica Dominicana apresentou agora o protesto junto do Secretario Geral da FEI.
Os regulamentos são claros nesta matéria e o júri não pode incluir mais do que dois juízes do mesmo país no painel de cinco.
Entretanto a Republica Dominicana alega que não foi convidada a participar nas qualificativas do Brasil que foram julgadas pelos juízes brasileiros. Afirma a federação dominicana que só em Janeiro de 2012 tiveram conhecimento que as regras foram ignoradas e não foi possível apresentar um protesto entre Março e Dezembro de 2011.
O protesto e a decisão final serão avaliados pelo tribunal da FEI composto pelo alemão Jens Adolphsen, presidente do tribunal e os membros Armand Leone (EU) e Vladan Jetvic da Servia.
Nas qualificativas para os Jogos Equestres Mundiais do Kentucky em 2010, o Brasil beneficiou da composição do júri.
O Tribunal irá decidir se aceita o protesto da Republica Dominicana e caso afirmativo, determinará uma data para a conferência.
O caso pode não ficar concluído até 31 de Março a data final para as convocatórias individuais para os Jogos de Londres. A decisão do Tribunal da FEI pode resultar num recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto em Lausanne, Suíça.