Sara Duarte assegurou, hoje, domingo, o titulo de Hexacampeã de Portugal de Paradressage, com o cavalo Neapolitano Morella, ao terminar a sua Kur (prova livre com música), com 71,750%, na Academia Dressage da Arruda, onde decorreram os Campeonatos de Portugal de Dressage e Paradressage, durante todo o fim de semana.
A cavaleira, alcançou o seu primeiro título nacional em 2005, com a égua Rima, de raça Lusitana, com 66,64% e no mesmo ano, foi medalha de ouro no IV Spanish Dressage Championship de Madrid.
No ano seguinte, 2006, estreia-se com Neapolitano Morella, um cavalo de raça Lipizzan, pertencente à coudelaria Câmara Machado, que lhe foi oferecido pelo Prof. Artur Machado, criador desta raça, nos Açores (Ilha Terceira), e nunca mais parou de representar a modalidade aquém e além fronteiras, sempre com bons resultados.
Em 2008, representou Portugal nos Jogos Para-olimpicos de Pequim, classificando-se em 5º lugar, em 2009 alcançou o bronze no Europeu da Noruega. Este ano, Sara não pode estar presente nos Jogos Equestres Mundiais, por falta de verbas, pois não conseguiu os apoios necessários para fazer face às avultadas despesas da deslocação a Kentucky.
Para Sara Duarte “ Como não pude estar presente nos Jogos Equestres mundiais, o nosso objectivo centrou-se em manter a liderança do Grau 1B, uma vez que, felizmente, já há mais concorrentes. Lamento imenso a falta do Guilherme Mendes, meu colega de Clube, que infelizmente não pode participar devido à sua debilidade física. Aproveito para lhe desejar rápidas melhoras e que nos faça companhia nas próximas competições.
Quero, ainda, dar os Parabéns a todos os outros atletas de paradressage que se juntaram a nós e dizer-lhes que o esforço vale a pena”.
Em competição estiveram ainda Ana Veiga (Grau 1B) – vice –campeã, Ines Teixeira, no Grau 3 e Maria Quintas no Grau 4 .
Classificações Sara Duarte
1º Sara Duarte, com Neapolitano Morella
Kur = 71, 750%
Team Test = 69,69%
Individual Test = 64%
O que é a Equitação Adaptada/ Paradressage?
A Equitação Adaptada insere-se na modalidade de Ensino ou Dressage. Destina-se a pessoas com deficiências físicas e consiste, basicamente, em provas de ensino adaptadas ao grau de capacidade de cada atleta, que fazem parte das provas dos Jogos Paralímpicos.
O campeonato é composto por provas que os atletas disputam segundo o seu grau de deficiência.
Os cavaleiros são avaliados por fisioterapeutas e de acordo com o perfil de capacidades de cada um, são colocados em diferentes graus. Existem 5 graus: Ao grau 1a e 1B a que correspondem exercícios a passo e/ou trote, o Grau 2 exige um pouco mais de trote e algumas figuras de picadeiro um pouco mais difíceis, o Grau 3 exige exercícios nos três andamentos (passo, trote e galope) e o Grau 4 exige trabalho em duas pistas (ladeares, espáduas-a-dentro, etc.), portanto uma prova com um razoável nível de dificuldade. Este grau destina-se a pessoas com deficiências consideradas menores e a exigência em termos de equitação é muito maior.
A Paradressage é tão, ou mais importante que a dressage, o rigor de exigência é absolutamente igual. Nas duas disciplinas o objectivo é alcançar a perfeição. Isto é, o entendimento perfeito entre dois seres – o cavalo e o cavaleiro – de forma a executarem os exercícios como se fossem um só – (Mito do Centauro).