Os ossos de 80 cavalos desenterrados do mausoléu de um imperador chinês que viveu há 2 mil anos reacenderam a antiga lenda da Ásia Central sobre cavalos “celestiais”.
Os esqueletos foram encontrados em dois poços de sacrifício no mausoléu do Imperador Wudi, da Dinastia Han do Oeste (202 a.C. – 8 d.C.), localizados no município de Xingping, Província de Shaanxi, no noroeste da China, disse Yang Wuzhan, pesquisador do instituto arqueológico provincial.
Yang e sua equipa começaram a escavar os dois poços em Setembro de 2009. Segundo Yang, os arqueólogos examinaram os ossos e confirmaram que todos eram de cavalos adultos machos. “Cientistas realizarão em breve testes de DNA para determinar a raça dos cavalos”, acrescentou. “Segundo a antiga lenda, o Imperador Wudi ofereceu uma enorme recompensa para quem trouxesse um cavalo de raça pura, que supostamente vivia na Ásia Central mas raramente era visto na China”, disse Yang.
Hoje em dia, os cavalos foram identificados como Akhal-Teke, uma das raças mais antigas e únicas do mundo.
Wudi deixou os escritos históricos mais antigos sobre a raça, num poema escrito por ele próprio, descrevendo-os como “cavalos celestiais”. Wudi é mais conhecido por ter aberto a Rota da Seda, uma antiga estrada ligando a Ásia e a Europa.
O animal é conhecido por sua velocidade, resistência, e por transpirar um fluido parecido com sangue. Também se acredita que Genghis Khan (1167-1227) montava um cavalo desse tipo.
Poucos animais terão contribuído tanto como os cavalos para o progresso do Homem e da civilização. Foi sobre o seu dorso que os homens se sentaram para a descoberta, para a conquista e para fazerem a guerra e fazerem a paz e, sobretudo, para alargarem os horizontes da humanidade.