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Coudelaria Nacional no Vale de Santarém fecha no Verão

Em 31 de Julho os funcionários da Coudelaria Nacional no Vale de Santarém vão engrossar a lista de disponíveis da função pública e encerram-se as instalações onde sem vêm apurando raças como a Lusitana e a Sorraia.

Talvez por ser o último leilão no fim-de-semana passado (03/03), o público compareceu em grande número em relação a anos anteriores, comentam dois tratadores agarrados às vassouras. O picadeiro está cheio a ouvir cantar: “quem dá mais?”, “5.600 euros uma, duas, duas e meia… está entregue àquele senhor”. No pátio as palavras são carpideiras. “Trabalho aqui há 29 anos, vou entrar na lista de disponíveis da função pública que vai reduzindo o ordenado quanto mais tempo estiver na situação sem arranjar outro emprego. Não há muitas saídas para homens como nós que só sabem tratar dos cavalos, que nunca tiveram outra formação. Não há criadores que nos possam empregar”, diz João Francisco Gonçalves que entrou aos 18 anos para a coudelaria instalada no concelho de Santarém há cento e vinte anos. Ganha 750 euros de ordenado.

O desalento vagueia pelo meio dos cavalos que relincham chamando a atenção para as suas tranças cerimoniais nas crinas. “Ganhamos amizade aos animais e deixá-los também nos vai custar muito”, atalha o maioral. “Nasci aqui, fiz-me aqui cavaleira, fiz aqui toda a infância”, desabafa Ana Silva a filha de um ex-funcionário que veio de Lisboa para se despedir. Ao assistir ao leilão soltam-se os desabafos. “Sinto uma angústia tão grande, acabarem com isto é uma vergonha. Antes de entrar tive que estar um tempo a ganhar coragem. Cada cantinho deste picadeiro tem uma queda minha, uma coisa nova que aprendi”. Os 16 garanhões e 14 éguas para venda vão desfilando.

Há quem tenha começado a trabalhar na coudelaria aos 13 anos e já leve 35 em funções. O funcionário com menos tempo de serviço foi contratado há 16 anos para ajudar a tratar dos cerca de 50 equídeos que estão na Estação Zootécnica Nacional no chamado depósito de garanhões. Toda a gente nasceu no Vale de Santarém ou tem lá a sua vida estabelecida. António dos Santos Nunes, cavaleiro de provas hípicas, sente a desilusão no ar. “Vamos esperar que a mudança para Alter seja para melhoria do cavalo Lusitano”. O cavaleiro profissional de Santarém, Manuel Sabino Duarte, também foi ver pela última vez as instalações. “Não sei se a mudança é para melhor ou pior, só sei que aqui estava a base do Lusitano cuja raça vem sendo apurada nesta casa há mais de cem anos”.

O director da Coudelaria Nacional, Dr. Mário Barbosa, explica que o depósito de garanhões só vai fechar a 31 de Julho porque está a decorrer o período de reprodução “e não se pode parar a meio”, bem como um curso de equinocultura que não pode ser interrompido a meio do ano lectivo. A partir dessa data os machos reprodutores vão para a Coudelaria de Alter do Chão. As éguas em princípio ainda se vão manter no Mouchão do Salgueiral. Foi dada a possibilidade dos funcionários irem também para Alter, mas os baixos ordenados, a falta de alojamento, o começar de novo, impedem-nos. Mário Barbosa reconhece que “a situação vai ser difícil porque mexe com toda a gente”. Se vai ser melhor não sabe, mas “a ideia é racionalizar recursos”.

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