Durante a semana passada, celebrou-se a Final de Ancades no Clube de Campo Villa de Madrid, a competição Espanhola mais importante para a criação de cavalos de saltos de obstáculos.
Nesta competição ocorrem as provas de Morfologia tanto para poldras como para poldros de 2 e 3 anos, às quais se juntam as provas de “Modelo e Andamentos” com “saltos em liberdade”. Como é natural, têm a componente objectiva de serem julgadas.
Luis Álvarez Cervera, Presidente de Ancades, elege como júris estrangeiros que não só são conhecedores da criação espanhola, como são também de reconhecido prestígio. Em particular, entre os quatro júris, estiveram o Francês Bernard Le Courtois e o Português Francisco Caldeira.
“Paco” Caldeira goza, em Espanha, do carinho e da máxima estima de todos os aficionados. Tem também um grande conhecimento e experiência na criação, assim como o reconhecimento inegável da sua competência como cavaleiro, professor e chefe de equipa. Já o seu pai, cujo exemplo é seguido pelos filhos, foi o melhor ganadeiro do seu tempo, estando muito acima do nível restante na Península Ibérica. Caldeira participou com inúmeros cavalos nacionais nas Taças das Nações, inclusive CAN CAN, com o qual disputou os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique.
O Francês Bernard Le Courtois é um ganadeiro reconhecido em todo o mundo (com relações com ALME, os puro sangue LAUDANUM, HAND IN GLOVE, e sendo o actual proprietário de QUITE EASY). É também júri de várias competições de criação de renome, e tem ligações aos leilões Fences.
Os outros júris foram o militar Espanhol Rafael Riva e o cavaleiro José Arango, também muito conhecido em Portugal. Foi de notar que os quatro júris utilizaram critérios muito semelhantes na sua avaliação.