Em charretes ou a cavalo, a pé ou de bicicleta, todos os caminhos foram dar aos Aliados, no desfile de pais Natal que, ontem, entupiu a Baixa do Porto. O frio arrefeceu as expectativas, mas, no final, foi anunciado um novo recorde.
Um cavalo chamado Tejo ou Rodolfo para a ocasião, como a rena do Pai Natal, era o primeiro entre 15 que fizeram, ontem à tarde, a sua estreia no desfile pelas ruas centrais do Porto, com hastes vermelhas na cabeça. Montados num Lusitano ou nas charretes, os 45 participantes da Quinta Seca, na Maia, foram a novidade, com os mais pequenos a tentar fazer festas no focinho dos animais.
Mas o relinchar dos cavalos chegava, também, da bicicleta de Manuel Couto, gaiense de 56 anos, que voltou a participar no desfile, mas, desta vez, com um veículo de duas rodas menos poluente. Este pai Natal montou na bicicleta o equipamento da sua moto, com um botão para cada imitação sonora, mudando de cavalo para burro ou para o grito do Tarzan.
Na Praça da República, passava já da hora do arranque, prevista para as 14.30 horas, e a concentração deixava adivinhar uma participação menor do que a do ano passado. Mas, no final, a organização anunciou 14 721 pais Natal participantes, batendo o recorde anterior, que Vítor Ferreira, director-geral da PA Leading, lembrou ter sido de 14 400. Certo é que as temperaturas baixas esfriaram as expectativas, apesar de terem sido levantados 19 mil fatos.
O frio não afastou o público. Em 2007, conseguiu-se a maior assistência, com 200 mil pessoas. Ontem, o número parecia não ficar atrás. Tudo parou para ver o desfile, animado pelos bombos de Alijó, pelas escolas de dança e os gigantones.
Esta é a 3.ª edição da iniciativa, que em 2007 e 2008 reuniu cerca de 14.100 e 14.400 Pais Natal, respectivamente e a
Baixa portuense, estabelece um novo recorde mundial.