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A arte de fazer dos PSI e poldros os melhores modelos

Este ano, a temporada fashion equina começará por Sorocaba e se estenderá por todo o Estado de São Paulo no Brasil. Os bastidores das cavalariças dos melhores haras do interior já estão em polvorosa. Garanhões puro-sangue e poldros estão sendo preparados para desfilarem diante da câmara de Paula da Silva, famosa fotógrafa internacional especializada em cavalos. Ela é esperada na cidade no próximo dia 23, para dar início a uma série de compromissos relacionados à arte de fotografar puro-sangue.

A profissional tornou-se conhecida em haras do mundo todo por ter desenvolvido uma técnica toda especial de captar imagens. Através do seu olho de lince e da precisão ao clicar, consegue transportar para o papel cenários jamais vistos. Imagens que enriquecem os animais, as pessoas e os cenários naturais ali presentes, formando um conjunto harmonioso digno de cartão postal.

A vinda da fotógrafa para cá foi agendada meses antes, tendo sido contratada não só para promover três cursos especiais de fotografia, para profissionais e amadores, na Universidade do Cavalo de Sorocaba (www.universidadedocavalo.com.br), como também para fotografar animais campeões de alguns dos principais haras do Estado de São Paulo.

A chegada de Paula da Silva ao Brasil é suficiente para se dizer que, pelo menos em determinado circuito de coudelarias, onde ela e sua câmara se farão presentes, a rotina será totalmente quebrada nestes dias. Assim, os animais premiados estarão participando de sessões de fotografia que mais vão se parecer com um fashion week do mundo equino. E isto não se dá apenas pela participação dos cavalos PSI e premiados. A presença de Paula faz surgir, naturalmente, um clima daqueles concorridos e festivos eventos do género. Os proprietários e seus convidados, que são grandes empresários, políticos e até artistas famosos, fazem questão de acompanhar e assistir seus animais desfilarem para as lentes da fotógrafa internacional.

A arte de fotografar cavalos em interacção com as pessoas e a natureza sempre presente, é comentada pela fotógrafa numa entrevista exclusiva para o Caderno Mais Cruzeiro. Ela, que actua em nove países ao mesmo tempo, viajando de avião, trem ou de carro, em busca das melhores imagens, divulgou algumas de suas fotos para o deleite daqueles que apreciam a estética e os movimentos impecáveis do elegante animal. Se emolduradas, com certeza seriam confundidas com pinturas.

Paula revelou que um de seus maiores sonhos como profissional está aqui, no Brasil. Ela quer poder ajudar a salvar os Lavradeiros, que vivem em Roraima. São um dos últimos núcleos de cavalos selvagens existentes no Brasil e no próprio planeta, mas que correm sério risco de serem extintos.

Nascida em Angola, filha de pais portugueses, Paula é radicada em Milão, na Itália, onde está a sua base de actuação e aonde possui um haras. O cavalo Árabe é a sua grande paixão, mas ela dedica a mesma atenção há todas as demais raças na hora de fotografá-las. Desta maneira, tornou-se autora das capas das principais publicações e revistas especializadas em cavalos do mundo. Entre as quais a Equisport (POR), Loghos (GRE), Hastfynd (SUE), The Gaited Horse (USA), Arabian Horse (AUS), Araber Journal (ALE), Konny Myr (RUS), The Horse (USA), Johba (JAP) e Horse Of Kings (USA).

Costuma vir ao Brasil uma vez por ano para fotografar cavalos campeões ou simplesmente animais considerados de grande estimação para seus donos. As fotos são utilizadas pelas revistas e outros tipos de publicações sobre o assunto. Na maioria dos casos, são encomendadas pelos criadores como forma de perpetuar o amor que têm por animais considerados especiais para eles. O trabalho de Paula ainda é utilizado para catálogos, arquivos de haras, mostras e exposições.

Durante o tempo em que duraram os contactos do Mais Cruzeiro com Paula da Silva, ela esteve em diversas partes da Europa, sempre tendo a câmara a tiracolo. No último contacto, estava na Suécia.

Champô e iogurte

A preparação de um cavalo para ser fotografado é infinitamente diferente e mais difícil do que preparar uma pessoa para tal. Paula conta que «fotografar cavalos é muito cansativo, porque não se pode dizer ao animal para olhar para aqui ou para ali, colocar a cabeça mais de frente ou o pescoço mais rodado. Além disso, usa-se a luz que Deus nos dá, ou seja, a luz do sol, que muitas vezes é fraca, nublada ou forte e agressiva demais. Aí se tem que brincar com a luz para conseguir tirar alguma vantagem de uma situação não ideal».

No último ano Paula passou a trabalhar com máquina digital. «Foi como descobrir um outro mundo», diz ela. E também acabou descobrindo as desvantagens desse novo sistema. Há perda de tempo para a selecção das fotografias e o alto custo dos programas. Além disso, a fotografia digital para ser usada profissionalmente exige muitos conhecimentos de gráfica e informática, além (obviamente) da mesma técnica do passado. O problema de Paula é o tempo, que para ela é inestimável em razão de ser obrigada a percorrer no seu dia-a-dia diversos países para poder cumprir a sua missão.

Um outro detalhe fundamental para se obter uma fotografia de qualidade e inédita do animal, está na preparação física e estética do «modelo». As dicas são dadas pela fotógrafa que explica que o cavalo deve começar a ser preparado dois meses antes do serviço fotográfico. Entre as providências é incluída uma alimentação balanceada, à base de óleo de amendoim, iogurte feito em casa e outras receitas. Para o pelo, champôs especial e um bálsamo feito com uma espécie de maionese. É ela quem ensina que o galope tira a barriga, o trote potencia os músculos, sendo que o passo com as rédeas soltas, em subida e descida, melhora o pescoço e os dorsos. «Nunca o trabalhe à guia mais do que vinte minutos, mudando de mão frequentemente», é outra dica de Paula.

O ferrador deve ser chamado para cuidar do animal dez dias antes das sessões de fotografia. Neste período, não se deve cansar o cavalo e nem expô-lo ao sol por muito tempo. Deve ainda passar por massagens diárias, banhos um dia sim, um dia não.

Um dia antes do serviço fotográfico, o animal deve ser mantido tranquilo e ser levado a passear nas horas mais frescas do dia. As crinas e a cauda devem estar sempre entrançadas e só se retiram para o banho com tratamento de maionese. As tranças devem ser feitas com as crinas ainda húmidas. As recomendações não param aí; há até mesmo preparativos específicos para cavalos claros.

Últimos selvagens

Paula é uma espécie de «Indiana Jones» da fotografia. Como ela própria define, o seu trabalho não conhece fronteiras, podendo estar num dia em algum haras da Inglaterra e num outro na Rússia, ou em qualquer outro canto do planeta. É uma vida de aventuras que ela quer e faz questão de continuar cada vez mais intensamente, não importando o terreno em que tenha que pisar. Tanto assim que revela: «Meu sonho seria conseguir ir fotografar os Lavradeiros, em Roraima. Infelizmente não consegui arranjar um patrocínio para a viagem e as despesas, embora a Universidade de Roraima tenha se mostrado muito disponível para me ajudar com informações e dando-me um guia».

Os Lavradeiros são cavalos que se tornaram selvagens. Restam pouco mais de trezentos nos núcleos originais, em Roraima. Foram trazidos para o Brasil pelos espanhóis e portugueses, séculos atrás. «Esses cavalos estão em via de extinção e poucas pessoas parecem se preocupar com isso. Daqui a cinco anos não vai haver mais um cavalo dos núcleos originais, visto que além de desaparecerem por vários motivos que todos sabem, também os estão cruzando com outras raças, perdendo-se assim o pool genético que possuem», denuncia a fotógrafa.

Os cavalos selvagens de Roraima são um património da humanidade e não só do Brasil; deveriam ser preservados da acção predatória dos homens. «Essa raça com as suas características absolutamente originais contribui de maneira determinante para a biodiversidade universal. A responsabilidade moral de perder um bem que é património mundial parece não preocupar quem deveria se ocupar disso. Até agora, pelo que sei, só a Embrapa lançou um livro sobre os Lavradeiros, mas pouco divulgado», afirma Paula.

A fotógrafa lamenta que esta situação esteja ocorrendo com um dos últimos núcleos de cavalos selvagens do planeta. Ela diz que os Lavradeiros merecem ter as suas últimas imagens na face da terra registradas, numa prova de que resistiram num habitat totalmente cruel e adverso, mas não tendo nenhuma hipótese de sobrevivência perante a acção humana. Por tudo isto, ela insiste em propor: «O meu sonho seria documentar com imagens e textos esses cavalos e divulgar a raça em todo o mundo. Uma das características deles, se bem estudada, poderia ajudar a salvar muitas outras raças de cavalos».

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