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ArtigosVeterinária

Resistência aos Desparasitantes

Dr. Henrique Moreira da Cruz

Cavalos infestados com parasitas podem apresentar perda de peso, sofrer de episódios recorrentes de cólicas, ou estados de diarreia severa que em casos extremos podem pôr em risco a sobrevivência do animal. Neste artigo descrevem-se os vários tipos de desparasitantes disponíveis sendo dada consideração ao seu emprego.

A resistência aos desparasitantes continua a ser uma realidade nos dias que correm e como tal é nosso dever informar o público sobre os riscos e consequências deste problema. Trata-se de um fenómeno semelhante à resistência a antibióticos por parte de bactérias, que tanto afecta a saúde pública.Um desparasitante é um produto que se administra ao hospedeiro definitivo (no nosso caso o cavalo) com o objectivo de eliminar organismos parasitas. Estes produtos têm uma acção nefasta sobre os parasitas causando-lhes a morte, sendo no entanto inócuos para o hospedeiro. Entende-se por resistência a incapacidade dos desparasitantes para eliminar parasitas do hospedeiro; ou seja, o parasita sobrevive (resiste) à acção do desparasitante.Hoje em dia, estes produtos tendem a ser utilizados, na maior parte dos casos, de um modo preventivo e não curativo. Se bem que a desparasitação preventiva deva ser promovida, é fundamental evitar a desparasitação em excesso pois esta é uma das principais causas responsáveis pela resistência aos desparasitantes.

As espécies de parasitas consideradas de maior importância para o cavalo têm mudado significativamente ao longo dos tempos, e isto é devido, em grande parte, ao advento, principalmente na última década, de produtos desparasitantes altamente efectivos.

Por questão de simplicidade não vamos aqui descrever as várias espécies de parasitas do cavalo nem os respectivos ciclos de vida. No que diz respeito a desparasitação, dum ponto de vista prático podem-se considerar dois grupos principais de parasitas: os Nemátodos (ou vermes redondos) e as Ténias.Há várias espécies de Nemátodos que podem afectar a saúde do cavalo. No passado, a classe dos Estrongilos era talvez a que impunha maior ameaça ao bem-estar do cavalo; contudo devido à grande eficácia dos desparasitantes modernos contra estas espécies, a infestação grave com Estrongilos tem-se tornado uma entidade clínica rara em regiões desenvolvidas onde os cavalos são desparasitados com alguma frequência.

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Fig. 2: Larvas de Ciatostomas enquistadas na parede do intestino grosso, A) vistas a olho nu e B) vistas ao microscópio.

Hoje em dia as espécies de parasitas Nemátodos consideradas de maior risco para o cavalo são as da classe dos Ciatostomas (Fig. 1). Estes pequenos vermes não têm fase migratória através dos vários órgãos do corpo; as larvas migram apenas dentro da parede do intestino grosso do cavalo (Fig. 2). Quando as larvas atingem o estado adulto, perfuram a parede do intestino para se misturar com o conteúdo intestinal. Esta perfuração causa uma pequena lesão no intestino (uma por larva). Num caso de infestação severa, a erupção de milhares de larvas provoca danos extensos no intestino. Visto que uma das funções do intestino grosso do cavalo é a absorção de água, esta erupção maciça pode causar diarreia severa.

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Fig. 3: Ténias aderidas à parede do intestino delgado de um cavalo.O outro grupo de parasitas são as Ténias (Fig. 3).

Infestações ligeiras deste tipo de parasitas parecem ser inócuas para o cavalo, no entanto infestações com elevados números estão fortemente associadas a episódios de cólicas recorrentes.Existem vários tipos de desparasitantes no mercado, e com a forte concorrência que se verifica hoje em dia entre as várias companhias produtoras, novos produtos continuam a ser introduzidos. No entanto, não existe um único produto capaz de eliminar todos os tipos diferentes de parasitas com capacidade de infestar o cavalo. Por isso para um programa de desparasitação ser completo torna-se necessário associar desparasitantes diferentes.Em termos de composição química, podemos considerar quatro classes de desparasitantes:

1. Ivermectina(ie: EQVALAN® comercializado em Portugal pela Merial; No Reino Unido, existem alem desta as seguintes preparações de Ivermectina: FUREXEL®, VECTIN® e NOROMECTIN®). São talvez os desparasitantes usados com maior frequência hoje em dia; têm uma acção bastante eficaz contra todos os tipos de Nemátodos, com a excepção dos estádios larvares imaturos de Ciatostomas. É importante notar que as Ivermectinas não têm qualquer acção contra as Ténias.

2. Moxidectina(Introduzida no mercado no Reino Unido em 1998 por Fort Dodge) com o nome de EQUEST®, comercializado em Portugal pela Farmaquil. Trata-se de uma versão “melhorada” da ivermectina, altamente eficiente contra todos os tipos de Nemátodos incluindo os estádios larvares imaturos de Ciatostomas. No entanto também não tem qualquer acção contra as Ténias.

3. BenzimidazoleEstes desparasitantes actuam apenas contra algumas espécies de Nemátodos; mas têm caído em desuso devido ao desenvolvimento de resistências durante a última década. Uma excepção significante é o Fenbendazol (PANACUR EQUINE GUARD® comercializado pela Intervet), que quando usado em doses elevadas por períodos prolongados, tem uma acção altamente eficaz contra os estádios larvares imaturos de Ciatostomas. Tal como as anteriores, estes produtos não têm qualquer acção contra as Ténias.

4. PirimidinasNesta classe inclui-se o Pirantel (comercializado pela Pfizer com o nome de STRONGID EQUINOS®). Estes desparasitantes têm alguma acção contra Nemátodos adultos, mas não actuam sobre quaisquer estádios larvares. Além disso tem havido problemas de resistências de Nemátodos a estes compostos. O valor destes produtos reside principalmente na sua acção única e eficaz contra as Ténias, principalmente quando administrados numa dose dupla da recomendada para o uso contra os Nemátodos. No ano passado a companhia Fort Dodge pôs no mercado do Reino Unido um novo desparasitante chamado EQUITAPE® que contem Praziquantel como produto activo. O Praziquantel tem sido, desde há muitos anos o desparasitante usado contra as Ténias do cão, do gato e dos humanos; e estudos recentes demonstraram a sua eficácia também sobre as Ténias do cavalo. Note-se no entanto que Praziquantel não tem qualquer efeito sobre Nemátodos.

Posto isto, sob um ponto de vista prático, tendo em consideração a composição química, resistência e modo de acção, podemos considerar os vários tipos de desparasitantes em relação a sua acção contra:

1. Nemátodos em geralCom eficácia contra os Nemátodos em geral deve usar-se Ivermectina (EQVALAN® ou Moxidectina (EQUEST®).

2. Estádios larvares imaturos de CiatostomasPara eliminar os estádios larvares imaturos de Ciatostomas deve utilizar-se Fenbendazol (PANACUR EQUINE GUARD®) em doses elevadas por períodos prolongados ou Moxidectina (EQUEST®).

3. TéniasContra as Ténias deve usar-se Praziquantel ou uma dose dupla de Pirantel (STRONGID CAVALOS®).

Não deve existir um programa padrão de desparasitação. Pelo contrário, cada programa deve ser individualmente estabelecido para cada pátio, quadra, quinta ou coudelaria, tendo em conta o maneio, tipo de estabulação, número de cavalos, movimento de animais, densidade de população, história prévia de infestação parasitária, entre muitos outros factores. É aconselhável discutir este assunto com o seu Médico Veterinário, pois um programa de desparasitação inadequado não só pode ser ineficaz, mas pior, pode conduzir ao desenvolvimento de estirpes de parasitas resistentes aos desparasitantes, com problemas sérios para o futuro.

Fig. 4: A pastagem mista de cavalos com ruminantes é um método bastante eficaz de reduzir o risco de infestação com parasitas.O tratamento com desparasitantes deve ser apenas uma pequena parte dum programa eficiente de desparasitação. Um bom método para reduzir o risco de infestação parasitária é usar pastagens mistas com cavalos e ruminantes (ovelhas, vacas ou veados) (Fig. 4).

Os parasitas das ovelhas não afectam os cavalos e vice-versa. Por outro lado as ovelhas ao pastar vão remover da erva as espécies larvares infectantes para os cavalos. Do mesmo modo, apanhar as fezes dos cavalos e removê-las da pastagem todos os dias, irá reduzir consideravelmente o grau de infestação parasitária do pasto. Alternativamente os campos devem ser lavrados e divididos em paddocks usando um sistema de rotação entre as pastagens de modo a dar tempo a que os estádios larvares sejam eliminados naturalmente.Em conclusão, o tipo de desparasitante a utilizar e frequência de administração variam consideravelmente de caso para caso. É necessário estabelecer um programa de desparasitação racional, conservador e mais ecológico para garantir a sua eficiência ao longo do tempo e prevenir o desenvolvimento de resistências.

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