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Procura-se… um novo olhar sobre o Lusitano

Por Rodrigo Coelho de Almeida

As recentes movimentações no panorama actual do cavalo Lusitano, independentemente do seu sentido e significado que lhe queiram atribuir, revelam a real dinâmica da vida. Não há que tentar explicar essas movimentações com recurso a adjectivos de perversidade, pois as mesmas encerram a própria natureza humana, que no seu estado natural é inconformista e por conseguinte crítica.Como em qualquer fenómeno social em mutação, o conservadorismo tem dificuldade em acompanhar o reformismo. Desta dualidade, inerente à mudança, surgirá inevitavelmente o progresso. Há um hábito histórico de apelidar a crítica, em contextos similares, de negativista e mal intencionada. Afinal, o que mais pode haver para dizer, quando as críticas são fundamentadas!?Desde já reitero que não tenho nada contra o conteúdo dos concursos de modelo e andamentos, e muito menos contra as pessoas que os promovem ou participam! Não conheço ninguém de bom senso que critique a pertinência da existência dos concursos de modelo e andamentos. O conteúdo deveria reflectir efectivamente uma ocasião de festa que reúne criadores, utilizadores, e acrescentaria às palavras do criador Arq. Arsénio Cordeiro (recentemente proferidas numa revista da especialidade), mais dois grupos, o dos potenciais compradores e o do público aficionado do cavalo lusitano. Afinal o que é uma festa sem público e potenciais compradores?!

No que respeita à forma como os concursos de modelo e andamentos funcionam, entendo que ficariam a ganhar, se:

1. Existisse uma forte componente didáctica! Ou seja, não se explica aos criadores o motivo de exclusão dos seus animais – é frequente saírem de lá apenas com a informação de que “os juízes não gostaram do meu poldro” -, o motivo, esse ninguém o explica. Como refere e bem o criador Vasco Freire, não existem julgamentos sem uma componente de subjectividade! No meu entendimento a percentagem desta, pode ser maior ou menor, dependendo do critério da Direcção da APSL. A título de exemplo comparativo, e neste caso para a avaliação de reprodutores, veja-se a diferença entre a grelha de avaliação Holandesa (grelha qualitativa – com 30 parâmetros de avaliação) e a grelha Portuguesa (grelha quantitativa – com 8 parâmetros de avaliação). A diferença parece-me bastante ilustrativa, na imensidão de informação que o criador beneficia com a Holandesa e na imensidão de ambiguidade que revela a Portuguesa. Na Portuguesa, e a título de exemplo, meditem na informação que recolhem da nota referente aos membros. Não existe decomposição da nota entre membros anteriores e membros posteriores, e dentro destes, das restantes partes que compõe os membros. Como é possível, alguém que não é próximo ou tenha fácil acesso aos juízes, perceber quais os pontos bons e maus dos membros do seu cavalo ou égua?;

2. Não entendo que se mantenha um sistema em que não existe uma linha que separe a alternância ambígua entre a actividade de juiz e a de criador/comerciante de cavalos. Não cabe a quem julga e é criador, a obrigatoriedade de assumir um juízo ético que o afaste de uma dessas actividades, para se dedicar isoladamente a uma delas. Cabe à Direcção da APSL criar um mecanismo de verdadeira incompatibilidade de actividades, que seja fiável e que acabe em definitivo com o actual clima de suspeição;

3. O tema apontado no ponto anterior constitui o cerne do problema que se está a viver no seio da raça, e que seguramente fundamenta a posição do criador Jorge Ortigão Costa. É ponto assente que nenhum elemento da magistratura exerce a actividade empresarial. Porque motivo na raça Lusitana não segue este exemplo? Recorrendo ao exemplo agora recorrente de apelar à imagem do Eng.º Fernando Sommer D’Andrade, recordo que no primeiro Festival do Cavalo Lusitano, este grande Homem de Cavalos, teve uma atitude de elevação ao chamar juízes Austríacos (ligados à Escola Espanhola de Viena de Áustria) para julgar os nossos Lusitanos. Como fundamento para esta postura, afirmou que esta garantia: ISENÇÃO. Hoje em dia ouvimos inúmeros “entendidos” personalizarem o próprio julgamento de forma patriótica, com frases recorrentes de “apenas nós portugueses sabemos avaliar o nosso cavalo” Que evidente limitação dos “entendidos”, e que grande lição de universalidade e cultura cívica de um verdadeiro “gentleman” da criação do cavalo Lusitano.Testemunhei na mais recente entrevista concedida por Jorge Ortigão Costa, a um nível de respostas de grande clarividência, coerência, e pragmatismo empresarial. Considero a entrevista totalmente transparente! Identifico-me com esta postura – sem medo de represálias. Afinal, o medo é característico de ambientes repressivos, e a melhor forma de os esbater é a transparência e a capacidade de comunicação. Quando a diferença gera repressão, algo vai muito mal!

Gostaria no entanto, de tecer um comentário à reflexão do Arqt. Arsénio Cordeiro, contida na última edição da mesma revista que publicou a entrevista ao criador Jorge Ortigão Costa, aferindo que é importante a união, mas que para quem a preconiza, é igualmente importante entender que ao proferir considerações generalistas relativas ao clima de contestação à APSL, baseadas em assumpções de “despeito pessoal, de ignorância, e de presunção de quem nunca soube fazer”, se distancia largamente do positivismo que diz defender, na procura dos melhores caminhos para a raça. A atitude de contestação, desde que fundamentada, sempre caracterizou e acompanhou a evolução da humanidade. Não vislumbro um pingo de perversidade na postura apontada, mas revejo na sua postura, o neoclassicismo de uma arquitectura característica do escol de conservadorismo que medeia o antigo e actual formato de gerir os destinos da raça, que com alguma cosmética de mudança, visa manter “ad eternum” um opaco, subjectivo e pouco regrado, modelo de gestão da raça.

Será que já se esqueceu a projecção funcional conferida pelo toureio a coudelarias como a de Manuel Tavares Veiga ou à de Ortigão Costa, aquela por via de João Branco Núncio e esta por Manuel Jorge de Oliveira? Afinal essa foi a prova provada que na coudelaria Ortigão Costa, a par da selecção pela cor, existe uma preocupação funcional com pergaminhos na raça Lusitana.

Como diz e bem, o criador Manuel Braga, um cavalo na componente toureira apenas pode ser avaliado quando sente o movimento, e o sopro de um toiro a carregar sobre ele. Não há artificialismo de pretensa avaliação que substitua este cenário real.

Concluo o raciocínio com as palavras do cavaleiro Manuel Jorge de Oliveira, que na última Assembleia Geral da APSL, manifestou a sua incompreensão pelo facto de um conjunto de três juízes, numa avaliação de cinco minutos, terem a faculdade de lhe reprovar um cavalo que na função de tourear é um “crack”. Esta é a prova que a selecção que atende em exclusivo ao modelo e andamentos (em concentrações de cinco minutos) é disfuncional, e não atende a características como a avaliação do carácter, da resistência ao esforço, e atleticidade do cavalo Lusitano.

Quando se critica a liberalização da escolha de reprodutores actualmente pretendida é bom que se ponderem todas as vertentes, principalmente a realidade despoletada pelo cavaleiro e criador Manuel Jorge de Oliveira. Pois foi o toureio que processou a selecção da raça.

Eis alguns raciocínios inerentes à liberalização:

1. Liberalizar a possibilidade de um qualquer progenitor Lusitano (sem taras com determinismo genético comprovado) poder beneficiar um número limitado de éguas por ano, sem necessidade de ser “pontuado”, não significa libertinagem e anarquia. Significa que a raça passa a valorizar e a responsabilizar a actuação de cada criador, com base no entendimento do ideal de cavalo que pretenda construir, com a penalização ou valorização da sua descendência, passar a ser ditada pela aceitabilidade das Leis do mercado da oferta e da procura. Ainda a este propósito seria fundamental que a par da formação para juízes, existisse formação técnica para criadores – afinal a raça só tem a ganhar com o conhecimento generalizado;

2. Criar uma possibilidade alternativa de aumentar o número de descendentes, directamente ligada à comprovada funcionalidade (provas desportivas; provas morfo-funcionais de 30 dias ou de 100 dias – segundo modelo adaptado ao nível atlético da raça; actuações em praça – no caso do toureio a cavalo);

3. Conceder a quem o pretenda, a possibilidade de avaliação do progenitor com recurso à grelha Holandesa (este conceito é verdadeiramente importante em termos didácticos, e para futuras correlações entre morfologia/capacidade anímica, com a vertente funcional);

4. Evita a situação já recorrente de animais comprovadamente funcionais, mas a quem foram atribuídas baixas pontuações, em cinco minutos de avaliação para admissão ao Livro de Adultos, fiquem obrigatoriamente presos a um estigma oficial, depreciativo ou de eliminação reprodutiva (é um contra senso!!!). Em melhoramento animal, faz todo o sentido que um currículo desportivo (verdadeiro tributo à função) se sobreponha ao artificialismo de uma avaliação superficial e muito subjectiva.

Quais as vantagens da Liberalização:

a. Permite aos criadores a liberdade de uma escolha com responsabilidade pessoal, e tão característica dos povos latinos, apenas baseada na obrigatoriedade de ausência de taras geneticamente transmissíveis;

b. Permite aos criadores que pretendem maior objectividade, e um formato de selecção normalizado e de reconhecidos resultados, acedam voluntariamente a um processo de selecção verdadeiramente rigoroso e objectivo (as provas morfo-funcionais de 100 ou 30 dias) ;

c. Permite a manutenção e aumento, a médio/longo prazo, de uma variabilidade que assegure um nível de heterogeneidade jamais alcançável através do presente sistema (permite a convivência de diferentes géneros – porventura antagónicos);

d. Permite acabar com a avaliação actual (que promove a subjectividade; a dúvida; o espírito de “loby”; o descrédito num sistema que penaliza a raça – os cavalos, juízes e criadores) que apenas satisfaz uma minoria, conciliando os mais liberais, com os mais exigentes.

É bom que se entenda que a raça é da Humanidade e que por conseguinte cabe a cada um dar o seu contributo, sem necessidade de quem gere os destinos da raça se sinta pessoalmente ofendido, pois cada um tem liberdade para publicar o seu entendimento, críticas e propostas, para o melhor caminho deste grandioso património.

Para terminar gostaria de objectivamente salientar que o actual sistema de avaliação, para além do nível de suspeição que gerou, constantemente se descredibiliza. Este notório descrédito é perceptível pela incompreensível descida da média das pontuações dos descendentes, relativamente aos seus próprios ascendentes. Outra das questões prende-se com a notória assimetria entre a pontuação das fêmeas e dos machos. O que explica esta discrepância tão acentuada? O que explica que um reprodutor com nota de 7 nos andamentos, obtenha posições do topo da tabela classificativa, em provas de dressage de elevado nível na Alemanha (caso do Garanhão Sal, de propriedade do International Gosto Equino)? Ou qual a relevância de uma nota de 6 nos andamentos, para a actividade de toureio (caso do Passapé cujo criador e proprietário é o Sr. Paulo Caetano – foi considerado melhor cavalo de toureio na classe de consagrados em 2010, relativamente à temporada de 2009, pela APSL)? O que explica que depois de aprovado o novo Regulamento dos juízes da raça (em vigor desde a data da sua aprovação, em 18 de Junho de 2009 – não necessitou de homologação pela FAR) nada se tenha feito relativamente à formação/avaliação continua dos Juízes? E a admissão dos novos juízes processou-se de acordo com o novo regulamento dos juízes da raça?

Afinal quando terminará este contra ciclo, que “objectivamente” desconsidera os animais performantes do presente e eleva aqueles que nada demonstram, e persiste num autismo claro demais para passar despercebido?

Será o excesso de clareza que permite esta cegueira?

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