Termina hoje a Feira da Golegã

Sem perder o seu cariz popular que atrai multidões ao Largo do Arneiro, a Feira Nacional do Cavalo, que hoje chega ao fim na Golegã, está cada vez mais internacional, com visitantes de diferentes continentes a procurarem em Portugal os melhores cavalos.

No ar, o aroma das castanhas assadas ou da carne grelhada no carvão alterna com Cavaleiros e peões que formam uma massa compacta sempre em movimento. Há gente vinda de quase todo o mundo e de todas as idades, atraída pelo casticismo da feira. Aqui o campo encontra-se com a cidade.

No Largo do Arneiro há cada vez mais estrangeiros. A cada passo encontram-se alemães, espanhóis, franceses ou ingleses, apaixonados dos cavalos, que aproveitam as férias para visitar a feira da Golegã. Muitos procuram cavalos de raça lusitana, já famosos internacionalmente pelas suas características físicas e temperamento dócil, que o tornam ideal para o ensino, equitação trabalho, assim como para o toureio ou desporto.

Tiago Brito Paes ficou muito satisfeito com os negócios feitos durante esta Feira do Cavalo. “Notamos de ano para ano que tem havido um aumento da procura, em especial por parte de estrangeiros e pela minha parte este ano a feira correu muito bem, consegui vender tudo o que queria”, disse o proprietário da coudelaria de Brito Paes, uma das mais antigas e prestigiadas do País. “Fomos visitados por muitos alemães, espanhóis e franceses, não só para ver, mas com vontade de comprar e proporcionaram-se bons negócios”, acrescentou o criador de cavalos.

Pela negativa, este criador aponta os “exageros praticados durante esta feira, não só na falta de brio na forma como as pessoas se apresentam a cavalo, onde reina um estilo cada vez mais trapalhão, mas principalmente na falta de civismo”. Tiago Brito Paes nota “um aumento de pessoas com comportamentos exagerados, incluindo maus tratos aos cavalos com quatro e cinco indivíduos em cima deles e embriagados a baterem nos animais”.