O membro do parlamento inglês Mike Hancock juntou-se a uma campanha para banir o uso do chicote nas corridas de cavalos. O seu apoio segue-se a uma investigação feita pelo jornal News of the World que descobriu quase 700 ofensas registadas com chicotes nas pistas britânicas em 2007.
Hancock, o liberal democrata membro do Portsmouth South, escreveu esta semana à Autoridade Britânica de Corridas de Cavalos, dizendo que a organização não tinha sido eficiente na “restrição ao uso excessivo do chicote”.
A sua crítica advém do apelo da Animal’s Aid para processar o jockey Eddie Ahern com base na lei do Bem-estar Animal. Ahern chicoteou o seu cavalo com tanta violência que o cavalo ficou com marcas profundas. A Animal Aid pediu à polícia de Nottighamshire para abrir uma investigação formal com vista a levar o caso a tribunal.
Num artigo da News of the World, Hancock disse: “ É incrível chicotear os cavalos da forma que os jóqueis fazem, especialmente quando não está a surtir qualquer efeito.”
O apoio a Hancock está a crescer, e foi reportado no Portsmouth News que o perito de corridas, John McCririck, apoia a proibição do chicote. Ele diz: “Os cavalos são agora os únicos seres vivos em que os homens estão autorizados a bater. Por outro lado os jóqueis para provar que estão a dar o seu melhor, têm que usar o chicote!”
A Associação de Imprensa reportou no dia 1 de Fevereiro que o jóquei britânico Michael O’Connell tinha sido banido durante 20 dias devido ao uso indevido do chicote, a seguir à sua corrida na égua Zaffie Pasron em que ficaram em terceiro lugar na handicap hurdle em Kelso. O’Connell admite ser culpado de ter montado a égua de forma imprópria e que fez uso do seu chicote com excessiva frequência, demasiada força, e no sítio errado, fazendo com que a égua ficasse marcada.