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Encerramento do último correeiro na baixa Lisboeta

A construção de um hotel na Baixa de Lisboa vai levar ao encerramento do último dos correeiros da zona, mas o artesão promete que vai manter a actividade para «não se perder património equestre português».

Vitorino Sousa, da quarta geração de uma pequena empresa familiar com 88 anos de idade, dedicou toda a vida à manufactura de selas, arreios e acessórios para cavalos com modelos desenvolvidos em exclusivo, constituindo o último dos artesãos correeiros na rua pombalina com o mesmo nome desta «arte».

Confesso «apaixonado pelo cavalo lusitano e tradições equestres», Vitorino Sousa lamenta ter de encerrar as portas na rua dos Correeiros, embora o acordo ainda não tenha sido firmado em definitivo.

A Câmara propôs-lhe manter um pequeno espaço com os arreios equestres, para valorizar e preservar a actividade que durante décadas ocupou aquela rua, dentro do novo hotel a construir na esquina da rua dos Correeiros com a de Santa Justa, e mantendo a fachada centenária do prédio.

Ao correeiro agrada a manutenção da loja por ser o «local em que nasceu e cresceu», mas reconhece ser «preferível a construção de um hotel naquele prédio que se encontra fechado e abandonado há cerca de 10 anos», no coração da baixa pombalina.

O herdeiro de quatro gerações de sabedoria equestre admite sair do local «porque a vida e a cidade continuam», explicando que alimenta a esperança de se instalar junto da Escola Portuguesa de Arte Equestre, nas futuras instalações do picadeiro da Calçada da Ajuda, para quem fornece arreios há cerca de 30 anos.

O motivo de orgulho do correeiro é o facto do material que constrói manualmente ser «conhecido em todo o mundo», apontando como exemplo uma sela à portuguesa, «única e de categoria superior na arte equestre», com a qual os seus antepassados ganharam uma medalha de ouro no Brasil.

«Cada peça é uma obra de arte» e os seus clientes têm que ter «dinheiro e paciência», explicando que uma sela à portuguesa por ser «feita à mão com material de primeira qualidade» pode demorar seis meses a construir, «o que tem custos associados», justifica Vitorino Sousa.

«A loja pode encerrar as portas, na Baixa», mas o empresário garante «continuar a construir e a desenvolver os arreios», como a nova sela tradicional portuguesa do século XVIII que esta semana apresentou à Escola Portuguesa de Arte Equestre, o que lhe tomou «anos de investigação e estudo de ilustrações seculares», esclarece.

«A tradição não se pode perder», diz, defendendo ser importante aprofundar a «cultura do cavalo lusitano de Alter, e por ser uma raça portuguesa» reconhecida em todo o mundo com exemplares nas melhores coudelarias, explicou o aficionado que, emocionado e de olhos fechados, o apelida de «lindo, com o pelo castanho a brilhar».

Vitorino Sousa alega ser um homem desprendido pelo que «não está no negócio pelo lucro» até porque «as vendas pagam apenas as despesas».

Mas, perpetuar a arte equestre com arreios que passam de geração em geração «é mais importante», defendeu, apontando para uma sela construída pelo seu pai há cerca de 60 anos, e que ainda «está impecável» na posse da mesma família.

O futuro da arte na construção de «selas e arreios está assegurado», afirmando ter alguns jovens a trabalhar na oficina, e a quem já passou a sabedoria transmitida pelo seu pai e pelo seu avô, concluiu.

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