A empresa norte-americana «Titan» exige 130 mil dólares (90.462,00 euros) de caução para libertar os sete cavalos de raça pura lusitana resgatados do cargueiro «S. Gabriel», que esteve encalhado na costa sul de S. Miguel, Açores, refere a Lusa.
Um dos proprietários dos animais revelou que a empresa mandou realizar uma avaliação dos animais, tendo depois apresentado esta proposta de caução para que os proprietários possam retirar os cavalos da Associação Equestre de S. Miguel, onde se encontram retidos desde que foram retirados do cargueiro.
Os proprietários dos sete cavalos, que seguiam a bordo do navio a caminho de Lisboa, onde deveriam ter participado na final da Taça de Portugal de «Dressage», vão agora avaliar a proposta da empresa responsável pela operação de resgate.
Antes de darem uma resposta, solicitaram um parecer aos serviços jurídicos da Associação Portuguesa de Puro-Sangue Lusitano, numa tentativa de apurarem quais foram os critérios que estiveram na base da proposta apresentada pela «Titan».
A apresentação da proposta de caução pretende criar condições para que os cavalos possam regressar aos seus locais de origem, o que se torna cada vez mais urgente já que, alguns dos animais não realizam nenhum treino há quase um mês.
«Os cavalos deviam treinar todos os dias», frisou João Morais, presidente do Conselho de Administração da Hortaludus, a empresa municipal da Horta que gere o Centro Hípico do Faial, proprietário de dois dos animais retidos.
Nesse sentido, admitiu que esta paragem prolongada nos treinos «prejudica o desenvolvimento dos animais».
Enquanto não houver acordo entre as partes, os cavalos permanecem retidos nas instalações da Associação Equestre Micaelense, onde podem ser visitados pelos proprietários, mas não podem abandonar o local.
O cargueiro «S. Gabriel» encalhou na madrugada de 21 de Novembro na costa sul de S. Miguel, tendo os sete cavalos sido retirados dois dias depois do navio, que também já foi desencalhado.