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«ANIMAL» vai responsabilizar as partes envolvidas no Rodeio de Estoi…

A associação Animal vai pedir “responsabilidades judiciais a todas as partes envolvidas”, anunciou em comunicado, devido à realização este sábado (06/09) de um «rodeio» na Feira do Cavalo de Estoi, que tinha sido proibido pelo Tribunal de Faro.

O Tribunal de Faro proibiu na passada sexta-feira passada a realização do referido «rodeio» que estava agendado para o dia seguinte, sábado. A proibição surgiu na sequência de uma providência cautelar interposta pela ANIMAL.

“A Animal vai avançar de imediato com procedimentos judiciais para responsabilizar todas as partes envolvidas neste escândalo pelos acontecimentos ilícitos ocorridos na noite de sábado em Estoi”, refere a ANIMAL em comunicado.

Na sexta-feira (05/09), dia em que saiu a decisão do juiz, o presidente da junta de freguesia de Estoi, José Paula Brito, informado sobre o caso pelo Região Sul, mostrou-se surpreso, mas disse que iria informar a organização e que a decisão do tribunal deveria ser acatada.

Mas já no sábado de manhã o presidente da Associação Portuguesa de Rodeio, José Manuel Carvalho, em declarações à Lusa admitiu que a organização iria avançar com o «rodeio», alegando que o espectáculo não cometia nenhuma «ilegalidade».

Para José Manuel Carvalho o «rodeios» incluía apenas “montadas em cavalos e touros bravos”, sem infligir maus-tratos aos animais. E a organização terá enviado ao Ministério Público de Faro um documento onde é usado o princípio do contraditório, explicando as características do espectáculo.

O certo é que de acordo com a sentença proferida pelo juiz que deu provimento à intenção da ANIMAL, várias entidades como a junta de freguesia ou autarquia de Faro, estariam sujeitas a multa de 15 mil euros caso desrespeitassem a decisão.

Mas o presidente da ANIMAL vai mais longe. Miguel Moutinho, considera que a realização do evento é um caso “absolutamente escandaloso” e critica a GNR de Faro por ter deixado que o evento se realizasse.

“E, como se não bastasse a actuação da GNR, o facto da Junta de Freguesia de Estoi, um organismo do Estado, ter co-protagonizado todo este episódio é extremamente grave”, conclui.