
Segundo a Rádio Renascença, para fazer face à hipótese de Lisboa vir a ser palco de manifestações violentas contra a realização da Cimeira da NATO, a PSP vai ter a ajuda de militares da GNR a cavalo. Para os próximos dias estão previstos treinos conjuntos.
A PSP elaborou cinco cenários possíveis, sobre a dimensão e os efeitos que as manifestações anti-NATO podem atingir nos dias 19 e 20 de Novembro, e, analisando os mais complicados, entendeu que seria bom ter a ajuda dos meios a cavalo da GNR. Agora, estuda-se a forma como os efectivos das duas forças de segurança se irão encontrar, para treinos conjuntos.
A GNR vai disponibilizar dois esquadrões da sua Unidade de Segurança e Honras de Estado, cada um deles com 60 cavalos e respectivos cavaleiros: um para reposição e manutenção da ordem pública, com animais e militares equipados especificamente para situações de confronto; outro, para patrulhamento de zonas onde seja considerado necessário ter esse tipo de reforço.
No primeiro caso, o esquadrão ficará pré-posicionado em estado de prontidão, apto para intervir, se o comando das operações considerar necessário. No segundo, trata-se de reforçar a missão de patrulha que a GNR já faz na área de Lisboa, com cerca de uma dezena de patrulhas diárias em Chelas, em Monsanto, Xabregas, e no Restelo.
A utilização de cavalos na reposição e manutenção da ordem pública – tal como aconteceu por exemplo no Euro 2004 – é apresentada como tendo três grandes vantagens: a flexibilidade e mobilidade dos meios, a economia dos mesmos e o poder de choque que representam em cenários de violência.