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O Centro Hípico Dom Cavalo de olhos postos na China…

Anshun, uma pequena cidade no sudoeste da China que vive, essencialmente, do turismo, quer fazer crescer o número de visitantes e atrair mais curiosos. Para alcançar esse objetivo, os responsáveis pretendem torná-la o mais europeízada possível, fazendo-a adotar um estilo mediterrâneo. Entre todos os exemplos existentes, Portugal e as suas cidades parecem ser a maior inspiração.

De acordo com o jornal China Daily, o projeto de transformação da cidade passa pelo desenvolvimento de novos atrativos, como praças de touros, restaurantes com iguarias europeias, cinemas e centros.

O Centro Hípico Dom Cavalo, em Leiria, está envolvido no projecto. Miguel Condeço e Cidália Cardoso não querem, por enquanto, revelar pormenores. A presença da Dom Cavalo é, no entanto, dada como certa no empreendimento chinês, ficando responsável por montar espectáculos equestres à portuguesa com tourada, abrir escolas de equitação e criar cavalos lusitanos em Anshun.

A vontade de importar touradas, segundo o China Daily, já despertou o interesse de empresas espanholas. Uma praça de touros sairá entretanto do papel com uma capacidade para 6000 espectadores. O projecto chinês, que deverá estar concluído nos próximos dez anos, prevê ainda um investimento imobiliário: construção de hotéis de luxo, restaurantes, cinemas, centros comerciais.

Entretanto, Portugal tem dado uma contribuição decisiva para tornar real este desejo, servindo de modelo e de importante parceiro.

O artigo do China Daily revela que, recentemente, o presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, Manuel Castro Almeida, se tornou o primeiro autarca a visitar a cidade chinesa, da qual a portuguesa se tornou cidade-irmã.

“As duas cidades decidiram levar a cabo uma série de intercâmbios culturais e comerciais, o que irá trazer mais turistas estrangeiros para An-Shun”, revela Yang Kaihua, um dos líderes desta operação.

Já Manuel Castro Almeida, citado pelo jornal chinês, salienta que, “uma vez que Portugal é um país pequeno, o potencial de mercado é limitado, pelo que An-shun vai ser um bom local para começar” e adianta que “no próximo mês todas, as empresas de São João da Madeira vão ser colocadas em contacto com o governo chinês local”.

Mandarim nas escolas de São João da Madeira

A partir de Janeiro do próximo ano, os alunos do 3.º ano das escolas primárias de São João da Madeira começam a aprender mandarim. No início do ano lectivo de 2013/2014, as crianças dos 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo das nove escolas primárias do concelho também aprenderão chinês. O Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro assume a coordenação científica e pedagógica ao garantir os professores, maioritariamente chineses.