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«A Feira da Golegã tem um público muito fiel»

Quando Portugal e a Europa vivem sob o espectro da crise económica, a Feira Nacional do Cavalo, Feira Internacional do Cavalo Lusitano e secular Feira de São Martinho, afirma-se cada vez mais no panorama equestre mundial.

Além dos visitantes oriundos de vários pontos do globo que afluem à Golegã em busca dos melhores exemplares da raça lusitana, também os órgãos de comunicação social internacionais começam a descobrir a Golegã. A título de exemplo, refira-se que a Rádio Gaúcha (Brasil) emitiu um directo de três horas na manhã de domingo para uma audiência de 3 milhões de pessoas.

A organização registou a inscrição de 1523 cavalos, a que se somam os equinos que foram a concurso, e 185 charretes, totalizando cerca de 1800 animais, números ligeiramente superiores a 2011. O número de coudelarias presentes (35) também foi idêntico ao do ano passado.

O presidente da Câmara Municipal da Golegã e da Feira Nacional do Cavalo, José Veiga Maltez não podia estar mais satisfeito, tendo em conta o panorama actual: “A Feira da Golegã tem um público muito fiel. Podem existir algumas oscilações no consumo, mas não na afluência”, reconhece, para continuar: “Em tempos de crise, as pessoas revêem-se nesta feira que defende os valores que são a referência de um país que está a perder a soberania em todos os aspectos. Na Golegã preserva-se e exalta-se a nossa identidade e a nossa cultura. A Feira da Golegã não é tocada pela crise, porque temos tudo o que os outros têm e aquilo que eles não têm. Isso faz a diferença”, explica o presidente, que cumpre o seu último mandato como edil e como responsável máximo pela feira.

Quanto ao futuro, Veiga Maltez não tem dúvidas: “O Centro de Alto Rendimento, cuja conclusão está prevista para Março, vai ser uma complementaridade à feira. Será mais uma estrutura para manter a Capital do Cavalo no topo do mundo equestre”.

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