Vacas, patos, cavalos e outros animais serão as primeiras estrelas

Vacas, patos, cavalos e outros animais serão as primeiras estrelas a entrar em campo nos Jogos Olímpicos de Londres. E entrar em campo é a expressão correta pois, para a cerimónia de abertura, que se realiza a 27 de julho, o Estádio Olímpico vai estar transformado numa quinta.

O realizador Danny Boyle, diretor artístico da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, revelou hoje que a sua intenção é recriar, dentro do estádio, todo o ambiente de uma comunidade rural. Assim, haverá famílias a fazer piqueniques e trabalhadores do campo. E haverá pelo menos, 12 cavalos, três vacas, duas cabras, dez galinhas, dez patos, nove gansos, 70 carneiros e três cãos-pastores. Os atletas olímpicos irão passear à volta do prado, com riachos e zonas relvadas. Dez mil voluntários vão ser os figurantes na cerimónia de abertura.

Será, diz Bolyle, “um retrato nosso, enquanto nação.” “Tudo surgiu quando começámos a penar no que fomos, de onde viemos, qual a nossa herança e aquilo que somos hoje e para onde vamos”, explicou Danny Boyle. A cerimónia é uma oportunidade para refletir na nossa qualidade de vida, no crescimento da população urbana e nos problemas na vidas das cidades britânicas. “Esta vida rural é real, e é comum às quatro nações. É algo que existe em todo o território mas que também está a desaparecer. É um pouco como uma memória de infância à qual todos nós estamos ligados.”

As quatro regiões do Reino Unido estarão representadas através dos quatro símbolos florais: a rosa de Inglaterra, o cardo escocês, o junquilho do País de Gales e a flor-de-lis da Irlanda do Norte. E também haverá referências a outras tradições britânicas como o festival de música de Glastonbury,

A cerimónia, com uma duração de três horas, irá custar cerca de 27 milhões de euros.