O Director Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho defendeu o uso da atribuição de subsídios como meio para forçar o registo dos cavalos e assim acabar com “alguma impunidade” que existe no sector.
“Se passarmos a exigir o registo dos animais para atribuição de subsídios aos seus proprietários, certamente que o número de cavalos não identificados tenderá a baixar substancialmente”, disse aquele responsável.
António Ramalho reconheceu que há na região “um número não determinado” de cavalos que não estão registados, uma situação que “impossibilita o apuramento de responsabilidades em casos de acidente ou de invasão de propriedade privada”.
“Se não houver mecanismos de pressão, os proprietários não registam os animais”, acrescentou, garantindo que, na sequência de uma reunião entre aquela Direcção Regional, o Governo Civil de Braga e a associação de criadores de garranos, “já estão a ser estudados os custos de uma operação de marcação dos animais”.
Segundo António Ramalho, o registo de cada animal custará “entre 25 e 30 euros”.
Ramalho reagia assim ao apelo feito pelos presidentes das juntas de freguesia do concelho de Valença, que pediram a intervenção de uma série de organismos, entre os quais o Ministério da Agricultura, o Ministério Público e a GNR, para tentar travar a “invasão” dos terrenos baldios e particulares por parte de animais não identificados.