sex youjizz
pornxvideos247.com
sexvids dot porn indian giving blowjob.

Feiras & EventosNotícias

Golegã em Novembro, uma Ode aos Sentidos!

“Eu não tenho filosofia, tenho sentidos …
Se falo na natureza não é porque saiba o que ela é, mas porque a amo (…)
Amar é a eterna inocência
E a única inocência é não pensar.” (Alberto Caeiro)

Achega-se Novembro, mês do calendário gregoriano, no qual se exalta São Martinho, o primeiro dos Santos não mártires, símbolo de partilha, e patrono da nossa Feira, que há meio milénio aqui acontece, sete semanas após cada equinócio de Outono.

Na Golegã, ao burburinho das colheitas do tomate e do milho sucede-se o silêncio da lezíria, quebrado aqui e ali pelo pissitar de um estorninho, pelo grasnar de um bando de patos, por um grito ou um gazeio das garças, e ainda pelo canto de um rouxinol-bravo, que insistiu em tardar a sua partida. Na urbe, se entre muros, ecoam relinchos, de uma ou outra cavalariça que se enche, já das calçadas soa o bater das montadas daqueles que soltam estrofes de um poema, que não é outro senão o da sua exuberância e alegria, pela festa que se adivinha e se avizinha.

A estes sons, juntam-se-lhes os de todos os outros, que para cá vêm confluindo, como que em procissão ou em romaria, não pelo Santo, mas pelo hábito e pela euforia. Timbres e tons, como o do contrabaixo, do fagote, da tuba, dos pratos, do bombo ou de uma viola, que sem partitura ou solista, se animam e se conjugam, orquestrados pelo ritmo e pelo júbilo, em sinfonia.

E a esta composição sonora aditam-se-lhes a dos odores, próprios da época, como o dos fenos trazidos e da terra molhada, ou dos fumos de lareiras e de assadores de castanhas, que se elevam em forma de nuvem, logo se esvanecendo pela brisa que corre e que o Sol, tímido, não aquece. De igual modo, como a alma e o corpo, que por aqui, só os “néctares” da jeropiga ou da água-pé, por vezes os acalentam.

Aos cheiros, neste tempo de algazarra, somam-se-lhes os gostos, ou melhor, os sabores, sobretudo os de contornos báquicos, como os de magustos, regados pelo vinho novo.

A carícia do vento ao crepúsculo, bem como à aurora, sente-se na pele, que as jaquetas pouco agasalham e faz buscar a velha samarra ou o antigo capote, aos quais invariavelmente se associa a gola de raposa, cujo pêlo sedoso apetece tactear.

Por fim, a este folclore de sentidos junta-se-lhes o predilecto, aquele que permite olhar os trajes e os arreios de hoje, que foram de ontem, e captar práticas e princípios que permanecem, apesar da implacável mudança dos tempos e das vontades. Que se avive a memória! Que se respeite o passado, sobretudo o acumular de saberes, mas sem ensaiar o seu regresso, pois, pior que utopia, seria “miopia”, já que só a evolução e o progresso permitiram elevar o pilar, o cerne, enfim, a razão principal da nossa Feira! É que hoje há bons e melhores Cavalos, como nunca!! A sua actual beleza e funcionalidade não deixa espaço a saudosismos estéreis.

Tal qual a sua Capital, em cujo presente se constrói o futuro, não sendo refém do passado. Dele só preserva a história, a cultura e a identidade, como também dele só retira valores e referências. Mas, o passado tem uma característica, a de não pode ser alterado, ao contrário do que muitos vêm tentando com as coisas da natureza e com a natureza das coisas, insistindo assim, na inversão de alguns “sentidos”.

E é essa “troca” que a Golegã e a sua Feira vêm contrariando!

X