Teve lugar no sábado passado (14/04), na maravilhosa Companhia das Lezírias, a primeira prova do Campeonato Nacional de TREC 2007.
Esta prova foi uma “TREC Express”, ou seja, todas as fases (Apresentação do Conjunto, Percurso de Orientação e Regularidade, Medição de Andamentos e Percurso em Terreno Variado) tiveram lugar no mesmo dia.
Este primeiro evento contou apenas com dois cavaleiros na prova oficial – João Pedro Laureano, actual Campeão Nacional e Paulo Antunes, do Porto.
Os restantes 3 cavaleiros Seniores participaram na Categoria Open.
Os 4 Juvenis – Diogo Trincão, João Faleiro, Diogo Batuca e Luís Dionísio, já têm concorrido em outros CN’s e pisado os pódios no escalão de Juvenis, apesar de este ano iniciarem o Campeonato na categoria Open. Este grupo de cavaleiros forma a equipa de Juvenis do Centro Hípico de Stª Barbara.
Quanto aos 3 Juniores, também eles vindos de Constância – André Santana, Manuel Machado e Filipe Oliveira, já não são novos nestas andanças do TREC, tendo nomeadamente já participado em provas internacionais da modalidade.
Infelizmente, a fraca adesão dos cavaleiros nacionais nos 3 escalões, veio provar o também fraco trabalho da Comissão Técnica de Turismo Equestre da FEP, no que diz respeito à captação de novos concorrentes e à capacidade de manter aqueles que se vão aproximando da modalidade, que como se constata, não ficam de ano para ano, conforme seria de esperar.
O TREC é uma modalidade que fora do círculo oficial (dos CN’s) é praticada já por dezenas de cavaleiros, de norte a sul de Portugal. A fraca adesão às provas do CN é sinónimo do divórcio destes cavaleiros com a forma como é actualmente conduzido o TREC Federado, pelo menos esta é a conclusão a que eu chego.
Estou admirado por não ter registado a participação dos cavaleiros seniores que integraram a última delegação ao Campeonato da Europa de Exmoor, estou admirado também pelo facto de não verificar a presença de cavaleiros do Norte, nomeadamente dos Centros com provas agendadas no presente CN. Assim e desta forma, a competitividade exigida a um Campeonato Nacional fica seriamente comprometida, criando-se as condições para a manutenção de um círculo a rodar sempre em torno dos mesmos cavaleiros, competindo apenas com eles próprios e originando cada vez mais uma menor participação de novos concorrentes.
A meu ver, um dos factores que também condiciona uma maior adesão a estas provas, tem a ver com as dificuldades na deslocação de cavaleiros e equipas.
O modelo de Campeonato Nacional tem de ser urgentemente alterado, passando para um modelo de provas de âmbito regional e realizando apenas uma ou duas provas Nacionais (encontro de todos os cavaleiros) e uma outra prova, eventualmente para a Taça de Portugal.
Estou certo de que a realização de mais provas, mais próximas, de carácter regional, permitirá uma maior mobilidade, logo uma maior participação de todos os cavaleiros. Este no fundo é o modelo utilizado em França, em que existe o Campeonato Departamental, Regional e Nacional.
Se os cavaleiros não podem vir até ao TREC, então há que levar o TREC a todos os cavaleiros.
Resultados (14.04.07)
CAMPEONATO NACIONAL DE TREC 2007
Categoria – Sénior
1º João Pedro Laureano – U-Farno – 382 pts
2º Paulo Antunes – Unique Vert R – 255
3º Nelson Agostinho – Lerias – 260
Categoria – Open
1º Luís Dionísio – Império de Monte Negro – 350 pts
2º João Faleiro – Quadrada – 302
3º Diogo Batuca – Íris VII – 292
Categoria – Júnior
1º Filipe Oliveira – Inquieta – 375 pts
2º Manuel Machado – Usca – 359
3º André Santana – Sei Lá – 336
Confira os resultados.