Dentro de alguns anos, as corridas de cavalos poderão representar 300 milhões de euros de receitas anuais e a criação de seis mil postos de trabalho, segundo o melhor cenário idealizado por responsáveis da modalidade e pelo governo. Porém, até ao final do ano, os portugueses já poderão utilizar uma plataforma online ou uma das cinco mil máquinas espalhadas em cafés e tabacarias por todo o país em que regista o Euromilhões ou o Totoloto para apostar nos melhores grandes prémios internacionais em França, Inglaterra ou até no Dubai…
Enquanto em Portugal não são criadas as condições para realizar corridas de cavalos, com a construção de três hipódromos de nível internacional (ver texto secundário), a Liga Portuguesa de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida (LPCPCC), entidade responsável pela organização das corridas, e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que terá o exclusivo nacional da exploração destas apostas, vão reunir-se já em Setembro para definir o modelo em que vão arrancar as apostas online em Portugal.
A reunião já foi pedida e segundo Ricardo Carvalho, presidente da LPCPCC, o processo deve fazer-se passo a passo, apesar das enormes expectativas de que dentro de três anos já possa haver corridas e um hipódromo em Portugal que cumpram todos os requisitos para as apostas.
“A liga defende que primeiro devemos introduzir as apostas em prestigiadas corridas internacionais, com parte das receitas a reverterem para a criação de condições para a construção dos novos hipódromos. Depois, devemos começar a fazer corridas cá importando cavalos estrangeiros, através de protocolos, e numa última fase o objectivo é realizarmos corridas nos nossos hipódromos com cavalos criados em Portugal e até vendê-las para as grandes empresas de apostas internacionais”, explica Ricardo Carvalho.