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Vírus do Nilo Ocidental – Um vulcão em formação

Dr. Carlos Rosa Santos (MV).

O Vírus do Nilo Ocidental (VNO) é transmitido por aves migratórias infectadas pelo vírus e veiculado por mosquitos (género CULEX) a cavalos e humanos os quais são particularmente afectados após a sua entrada na corrente sanguínea destes hospedeiros. De seguida chega ao cérebro e medula espinal provocando uma inflamação que pode provocar sintomas neurológicos graves potencialmente fatais, tais como mudanças comportamentais, contracturas musculares, quedas ou movimentos circulares, convulsões e incapacidade de permanecer em pé.O vírus foi isolado em Africa em 1937 mas rapidamente se espalhou por todo o mundo e hoje é isolado na Austrália, Ásia, Europa, incluindo alguns países no leste da Europa e Norte de África. Nos Estados Unidos da América foi diagnosticado em 1999 e tornou-se uma epidemia nacional, debilitando milhares de equinos e apresentando uma taxa de mortalidade elevada. Demorou dez anos a atravessar de costa a costa este país.

Na Universidade de Columbia o célebre “caçador de vírus” Lipkin que já na década de 80 tinha estudado o vírus que causará a doença de Borna recebeu em 1999 amostras de casos de encefalite em redor da cidade de Nova York e do material genético foi identificado o vírus VNO. Lipkin desenvolveu um método mais rápido de diagnóstico conhecido como “Mass Tag PCR”.A transmissão é feita apenas pelo mosquito (CULEX) e não directamente de cavalo para cavalo ou cavalo para humanos. O seu reaparecimento na Europa começou em Itália em 2008 e onde continua a grassar.Não existe uma cura para a doença mas os animais podem ser protegidos pela vacinação e outras medidas profilácticas para limitação da exposição ao vector, como o uso de repelentes e a eliminação de águas paradas interiores e exteriores às habitações e alojamentos dos animais.

Não havendo tratamento específico para o VNO apenas se podem utilizar medidas de suporte – tratamento dos sintomas e garantia do bem-estar do animal com a utilização de anti inflamatórios não esteróides, porém normalmente sem grande sucesso. A recuperação pode demorar vários meses se o animal conseguir ultrapassar uma encefalite severa e não permanecerem danos graves do sistema nervoso central.A vacinação em cavalos reduz muito o risco das consequências do VNO. A sua eficácia foi demonstrada nos EUA onde o número de cavalos diagnosticados tem diminuído de ano para ano desde o surto de 2002.

Espanha tem já confirmados 4 novos focos e em França já se registaram casos esporádicos. A Organização Mundial de Saúde foi notificada de um caso de VNO em humanos (Portugal, Algarve), confirmado em duas amostras a 7 e 19 de Agosto. Embora 3 casos tenham sido diagnosticados em 2004 e 2010 este foi o primeiro caso com os requisitos da OMS. Não existem vacinas para humanos. No entanto o primeiro aviso mais sério de zona potencialmente perigosa foi dado em Armação de Pêra, no Algarve em Julho de 2013 quando uma praga de mosquitos afectou residentes e turistas que ao fim do dia fugiam de praias e esplanadas. Na altura a Camara Municipal de Silves desvalorizou a situação garantindo que não havia perigo para a saúde pública mas a densidade anormal de mosquitos não dava tréguas. Apesar dos esforços feitos pela Agencia Portuguesa do Ambiente (APA) e C.M. de Silves para controlar este foco com origem em águas paradas continuaram aparecer focos de mosquitos em toda a zona ribeirinha devido à obstrução de um canavial que não era limpo há anos e de descargas constantes de esgotos como afirmou a Junta de Freguesia de Alcantarilha. Esta situação, embora extrema neste caso representa bem o que acontece todos os anos no Algarve, mosquitos e mais mosquitos.

Não é pois de todo inesperado que este ano tenham aparecido vários casos de VNO em cavalos no Algarve e um caso em humanos.

A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estabeleceu 3 zonas de risco que incluem além do Algarve, os concelhos de Montijo, Palmela e Setúbal, a região de Lisboa e Vale do Tejo, freguesias dos concelhos de Alcácer do Sal.Num segundo nível, a vigilância às aves também está em vigor. Os casos suspeitos devem ser reportados e redes mosquiteiras e armadilhas para mosquitos devem ser instaladas nas explorações e os cavalos vacinados a pedido do médico veterinário assistente da exploração.No entanto estamos bastante preocupados com as declarações (In Equitação) de Luís Fazenda, médico veterinário da região do Algarve que garante que a doença está completamente disseminada na zona algarvia apontando algumas falhas nos procedimentos, tais como a demora do Ministério de Agricultura a diagnosticar amostras submetidas para análise. A mesma crítica é apontada ao Ministério da Saúde, pois este tipo de demora em humanos gera preocupações e alarme acrescidos por parte de quem está envolvido em situações de suspeição.Segundo Luís Fazenda “assim que o animal é dado como positivo, o Estado manda recolher amostras num raio de 20kms”.

Porém para este médico veterinário “a tutela deveria manifestamente empregar mais meios para uma recolha de sangue em tão larga escala”. O Ministério contradiz afirmando que “os médicos veterinários têm demorado o máximo de 5 dias úteis a receber resposta da DGAV”.À luz dos dados obtidos consideramos que é imperativo um plano de vacinação obrigatória para equinos nas zonas de risco a fim de impedir o alastramento da VNO pelo país com graves consequências para a população humana e equina.Sugerimos pois que se aproveite esta pausa de Inverno para repensar a estratégia de combate ao VNO. Lembramos que recentemente houve um concurso hípico internacional no Algarve que juntou cerca de 900 cavalos provenientes de toda a Europa.

Medidas mais efectivas impõem-se rapidamente.2015.11.01

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